13 abril 2013

Secret Admirer - Capítulo 02 - Começo de uma amizade ou algo mais.

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Nem que seja além dessa vida, eu vou estar te esperando (...) - Te espero, Luan Santana.
   Batia o pé descontrolada mente perto do estacionamento do colégio, esperando o maldito Hatch amarelo dela aparecer. Vezes ou outra olhava meu celular, especificamente a mensagem que recebi dele. Passei a noite inteira rodando na cama sem conseguir pregar o olho. Por que droga fui mandar uma mensagem pra ele mesmo? E por que ele tinha que responder ela!

     Estava tão aérea em meus pensamentos que não tinha percebido Mary me olhando confusa.

 Finalmente! – suspirei aliviada, ela franzi o cenho, guardado a chave do seu carro na mochila.
 O que foi Zoey? – perguntou ela com a voz rouca, ergui a sobrancelha.
 Por que ta rouca? – perguntei, ela revirou os olhos e me puxou pra uma das mesas de piquenique que havia no pátio do colégio, o sinal ainda não tinha tocado, então o pátio estava rodeado de gente, e como na cantina cada um em seu “grupinho”, patético eu sei!
 Aqueles demônios idênticos. – rosnou, jogando a mochila rosa na mesa e se sentando nela, ri de sua cara de desgosto e me sentei ao seu lado.
 Sempre eles... – murmurei, depois de um tempo enquanto olhávamos a movimentação a nossa frente.

   Os nerds estavam todos agrupados em uma mesinha a nossa frente, tagarelando sobre geometria, guerra espacial e outras coisas que gente normal nunca ira entender, os skatista andavam com seus skates fazendo suas manobras e paquerando as lideres de torcidas que treinavam livremente perto da porta de entrada do colégio, eu ainda não tinha visto o Justin, isso não era uma novidade, eu nunca conseguia vê-lo, somente no intervalo, ou quando ele treinava pros jogos no campo atrás do colégio.

 ZOEEY! – pulei assustada com o grito que Mary deu. Ela estava a minha frente com o rosto corado e com um olhar assassino.
 Que foi garota? – perguntei, puxando seu braço, fazendo que ela sentasse.
 Que foi digo eu, tava ai toda paradona, e não me ouvia. – cruzou os braços e me olhou sugestivamente.  Por que me esperou no estacionamento? Você nunca faz isso, claro, só quando quer algo. – atacou me fazendo da um risinho nervoso e mexer as mãos – que ainda segurava o celular. Ela olhou pra minhas mãos e sorriu maliciosamente, suspirei.
 Eu fiz o que você pediu. – murmurei, voltando o olhar pros nerds, era melhor que encarar o sorriso vitorioso dela, que eu sei que ela estava fazendo.
 VOCÊ LIGOU PRA ELE! – gritou animada, arregalei os olhos, todos no pátio haviam parado para encarar uma louca que dançava a minha frente, olhei pros lados onde uma garota de cabelos curtos e avermelhado me olhava balançando a cabeça sorri nervosamente pra ela.
 Eu não a conheço. – sussurrei pra menina, que balançou a cabeça e saiu, coloquei as mãos no rosto, tentando ignorar a doente dançarina a minha frente.
 Me conta t-u-d-o. – Mary disse, puxando minhas mãos do rosto, bufei afastando minhas mãos dela.
 Por que eu sou sua amiga? – questionei mais pra mim que pra ela, ela riu e sentou novamente, no lugar que não devia ter saído.
 Por que sou a única que te aguenta. – falou dona da verdade, bufei, mas não deixava de ser verdade.
 Eu não liguei pra ela idiota. – grunhi, ela me olhou confusa.
 Como não? Você disse... – apontou pra mim, e balançou a cabeça.
 Eu disse que fiz o que você pediu, mas não disse que liguei pra ele. – dei de ombros.
 Então o que você fez? – falou baixo, dei um sorrisinho.
 Eu mandei uma mensagem pra ele. – respondi, ela ergueu a sobrancelha.
— Eu pedi isso? – perguntou confusa, mas antes que eu respondesse continuou agora com a voz animada.  Ele respondeu não foi? – seus olhos brilhavam de animação.
 Sim. – murmurei, ela deu um riso largo e puxou meu celular.  Ei! – reclamei, mas ela não ligou, e começou a bisbilhotar meu celular.
 Por que você não disse quem era? E por que você não o respondeu? – falou rápido, me deixando envergonhada.
 Eu não sei o que mandar. Você que me colocou nisso. – acusei, ela então sorriu maliciosamente, e eu podia jurar que uma lâmpada surgiu em cima da sua cabeça.
 Bom muito bom. – murmurou enquanto começava a digitar no celular, eu tentava vê o que ela fazia, mas ela sempre desviava.
 O que você ta fazendo Mary!? – questionei sem paciência, e no exato momento em que ela parou de digitar e clicou em um botão, Justin apareceu.

   Como posso descrever a imagem dos deuses a minha frente? Justin estava lindo, o que não era novidade, o garoto era a personificação de apolo, lindo. Ele usava uma calça preta com uma camisa branca por baixo de uma jaqueta também preta, sempre com sua supra no pé, e estava de boné pra trás, ele vinha com seu amigo Ryan até que parou no meio do pátio – fazendo um monte de garotas suspirarem, ok! Eu também. – e pegou seu celular, leu o que tinha e começou a olhar ao redor, meu sangue na hora gelou e eu olhei mortalmente pra uma Mary que ria inocentemente e me entregava o celular, era impossível o Justin desconfiar que foi eu ou Mary que mandou a mensagem, afinal, estávamos em um pátio cheio de adolescentes que amam tecnologia. Justin olhou mais um pouco ao redor, como não encontrava o que queria, ele bufou e voltou a andar conversando com Ryan que parecia confuso.

 O que você fez? – perguntei, sem coragem de olhar a mensagem que ela mandou. Ela sorriu malandra.
 Como meu maravilhoso Sherlock Homes diz: “se sua amiga é idiota o bastante pra fazer uma loucura, faça a loucura por ela”. – abri e fechei a boca varias vezes, tentando não voar no seu pescoço.
 Ele não disse isso! – falei revoltada, ela olhou pra mim e riu, pegando sua mochila e ficando a minha frente.
 Se não disse, deveria. Beijos. – falou no exato momento que o sinal tocou e o pessoal começou a entrar no colégio. Balancei a cabeça indignada com tanta maluquice, e decidir vê a mensagem.

De: Desconhecida.
Para: Justin.

“Bom Dia Justin, quem sou eu? Vamos deixar em anônimo, por enquanto, só te digo que estudo no mesmo colégio que você. Não vou dizer como consegui seu numero, posso ser presa por isso rsrs. Que bom que te deixei curioso, isso é ótimo pra uma amizade, ou algo a mais claro. Podemos ser amigos?”

   Olhei pra mensagem varias e varias vezes, quanto tempo eu ficaria na cadeia por matar a Mary?
    Respirei fundo decidida a não me estressar, e no momento que me levantei pra entrar no colégio, meu celular bipa, me avisando de uma nova mensagem, sentir meu estomago embrulhar e cliquei no botão “open” com o coração na boca.

De: Deusa da investigação.
Para: Bocó.

“HAHÁ, aposto que pensou que era ele né safadinha kakaka, beijos, te amo.”

   Se antes não queria mata-la por ser presa, agora nem ligo, bufei guardando o celular novamente e entrando no colégio, quando meu celular novamente bipou no bolso, e eu já bufando de raiva abri a mensagem imaginando ser Mary novamente, e meu ar faltou ao ver que era do Justin, me escondi entre os armários e abri a mensagem engolindo em seco.

De: Drew
Para: Desconhecida.

“Esta bem, se não quer se revelar. Admito que fica mais interessante assim, mas acho que não posso ficar chamando de desconhecida sempre, por isso acho melhor te colocar um pseudônimo, que tal Sunshine? Gosto desse nome (:, e respondendo sua pergunta, sim, é claro que podemos ser amigos, ou talvez algo mais ;p, bom dia Sunshine”

   Eu estava hiperventilado, o ar entrava devagar em meus pulmões e sai com força, eu era amiga do Justin? Claro, anonimamente, mas era. E ele me chamando de Sunshine, meu deus, Calma Zoey, se concentra! Bom, já que começamos.
De: Sunshine.
Para: Justin.

“Sunshine? É o nome legal, gostei. Que bom que possamos ser amigos, é incrível e irreal pra mim. Bom Justin, agora vou pra aula. Conversamos mais tarde! Beijos”.

   Enviei a mensagem e coloquei o celular no vibrador, e corri pra minha sala, aula de Biologia. Não sou muito ruim nessa matéria, mas meu companheiro de bancada é, e sempre tiro uma nota menor do que merecia por conta dele. Entrei na sala que já estava cheia, mas por sorte o senhor Moreira, ainda não havia chegado, rumei em direção a minha bancada onde Lupe estava ele era um garoto estranho, vivia dormindo na aula do senhor Moreira e sempre quem se ferrava era a invisível aqui. Sim, ate os professores eu era invisível. Sentei na carteira e sorri sozinha ao me lembrar da mensagem do Justin. O professor não demorou a entrar, e junto a ele estava à secretaria sem nome, não por que ela era sem nome, mas sim por que ninguém sabia mesmo, Mary sempre diz que ela se veste mal, e era verdade.

 Atenção classe! – a voz grossa do senhor Moreira fez a turma rapidamente silencia todos prestando atenção nele.  Por alguns motivos, o senhor Senna irá trocar de turma e teremos um novo aluno na classe. – todos olharam em direção a Lupe que roncava ao meu lado, revirei os olhos e dei um beliscão o fazendo pular da cadeira, todos riram menos eu e o professor.

   Era obvio o motivo de Lupe sair da turma, o senhor Moreira não aguentava mais ele roncando na turma, e eu admito que também não, mas já estava tão costumada com ele e não queria um novo aluno na turma, por que quem ia ter que ser companheira dele era eu. Nossa, que azar!

 Vamos senhor Senna. – chamou a secretaria, Lupe levantou da cadeira confuso e saiu da sala, pude jurar que o professor deu um sorriso vitorioso.
 Quem vai ser o novo aluno? – perguntou alguém do fundo da sala.
 Pode entrar senhor Bieber. – ele falou, respondendo a pergunta e fazendo a sala toda ficar surpresa, todos olharam então pra porta onde Justin passou e sorriu pra todos, e então os múrmuros começavam.  Silencio! – falou senhor Moreira. — Pode se sentar no lugar do senhor Senna. – apontou ele pra mim, olhei confusa e ainda chocada e admirada com Justin.

   Então a fixa caiu, Justin ia sentar ao meu lado! Comigo! Comigo!

  Justin então assentiu pra o senhor Moreira e veio em minha direção, eu sabia que todos pela primeira vez que estudava ali me observavam, mas meu olhar estava nele, Justin se acomodou ao meu lado e se concentrou no professor que já estava começando a aula, mas tava difícil me concentrar em qualquer coisa que não fosse Justin ao meu lado, cheiroso e lindo. Sou sortuda! Chupa sociedade! Claro, não era a única olhando pra ele, metade da sala – todas as meninas. – olhavam pra ele, tinha até algumas que se viravam e o encaravam na cara dura.

 Acredito que na sua turma já tenha dado genética não é mesmo senhor Bieber? – perguntou o professor.
 Sim professor, nossa turma estava estudando Genômica. – respondeu ele sorrindo e fazendo todos suspirarem vulgo garotas.

   O professor assentiu e continuou a aula, e eu respirei fundo e decidir não encara-lo mais, se mantem calma.

 Oi? – meu coração parou, respirei fundo e olhei pra ele.
 Hã? – parabéns Zoey, ótimo momento pra se fazer de lesada, mas pelo menos não fiquei muda.
 Sou Justin. – se apresentou, e eu reprimir a vontade de revirar os olhos e dizer “É mesmo? Não diga!”.
 S-sou Zozoey. – eu poderia me socar por ter gaguejado!
 Zozoey? – ergue a sobrancelha e riu.  Prazer. – riu, balançando a cabeça e olhou novamente pra frente. Parabens Zoey, agora ele vai achar que você é lesada. Palmas pra mim!

   Gemi de desgostou e me encolhi na cadeira, rezando pra que a aula passasse rápido, quando de repente sinto o celular tremer no bolso da minha calça, e Justin segurando o celular. Arregalei os olhos. FUDEU!

Continua...


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12 abril 2013

Secret Admirer - Capítulo 01 - Maluca com "M" de Mary

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Aviso: Leiam as notas finais. 
Eu peço em você e eu sonho com você o tempo todo, eu estou aqui sem você, amor. Mas você ainda esta comigo em meus sonhos.”  — AnwDroidd
    Mexia na gororoba a minha frente, era um tipo de mistura querendo representar algum tipo de purê, mas não era o que parecia, sua cor amarelada parecia mais vomito de bebê o que com certeza não me faria come-lo, tento imaginar o que o diretor Jackson pensa ao tirar os fundos do colégio para seu bel prazer. Ah claro! Ele pensa no dinheiro. Desisti de encarar o vomito a minha frente e me concentrei na cantina que estava medianamente cheia, o barulho lá dentro era um saco. Todos os alunos estavam sentados em suas distintas mesas separadas por seu “grupo”.

     À direita estavam os skatistas, um pessoal um pouco estranho com suas calças largas em que o cós batia no joelho deixando a mostra suas cuecas, sempre andavam grudados com seus skates e falavam sua própria língua, era uma galera legalzinha, mas odiavam os atletas, que ironicamente sentavam duas mesas ao lado, os atletas eram... Atletas, e consequentemente burros, porque só pensavam em jogos e o blá blá blá deles, também sentavam com eles  as lideres de torcida, menininhas loiras estilo barbeis sem cérebros, na esquerda sentavam os nerds, eram os mais esquisitos com seus óculos de armação exagerada e suas montanhas de livros, já tentei bater um papo com eles, mas um minutos com eles e você irá querer se suicidar por tanta informação, ao lado deles sentam os bagunceiros, não vale a pena comentar sobre eles, a mesa ao lado estava o pessoal do jornal da escola, eles era legais, as vezes, mas eram um pouco misteriosos além de serem fofoqueiros, e no centro de todas essas mesas estão os populares.

     Não, aqui não são os atletas, os populares aqui são os garotos prodígios, que conseguem ser tudo isso – menos bagunceiros. - ao mesmo tempo, sim, alguém naquela mesa era ou nerd, atleta, skatista ou os três juntos, e claro, incluindo que eram lindos e populares, e era por causa deles, especificamente um deles, que eu estava analisando a comida nojenta do colégio a uns minutos atrás.

     O nome dele era Justin, era o garoto mais incrível do colégio, jogava no time de futebol americano e era o melhor no que fazia, além de ser muito inteligente e claro inalcançável. Eu sempre o olhava disfarçadamente claro, mas olhava, porque o garoto era lindo, seus cabelos claros em um topete arrumadinho, seu rosto de bebê seus lábios rosados e seus olhos cor de mel, além do seu físico incrível, ele era perfeito. E inalcançável!  

— Zoey, você vai me amar muito a partir de hoje. – ouvi a voz aguda de Mary atrás de mim, e gemi internamente, voltando a mexer na gororoba.
— E por que eu mentiria? – falei ironicamente, ela bufou e sentou-se a minha frente, cortando qualquer contado visual com o Justin, olhei feio pra ela que apenas deu de ombros, pegando a maça da minha bandeja e mordendo.
— Eu sei que seu amor por mim é enorme. – falou enquanto mastigava, fazendo sua voz engrossar um pouco, revirei os olhos.

      Bem, você deve estar se perguntando onde eu me encachava nisso tudo? A resposta é bem simples, não me encachava, sabe aquela pessoa invisível? Não? Exatamente, ninguém me via o que era bom, por que eu odeio atenção e além do mais eu não tinha um perfil pra nenhum dos “grupos”, modéstia a parte era inteligente, mas não nerd a ponto de usar óculos fundos de garrafa e roupas de velho, eu me vestia bem e era um pouco bonita, já até namorei, uma vez, enfim, minha coordenação era horrível o que me impedia de andar de skate ou ser líder de torcida – como se elas fossem me aceitar... não! – não era popular, não gostava de ser bagunceira, e só me sobrava o jornal, eu tentei entrar uma vez, mas não consegui e justamente foi lá que eu encontrei minha única e melhor amiga, Mary, ela era do “grupo do jornal”, mas não ficava com ele por que de alguma maneira ela quis ser minha amiga, estranho não?

— Vou ignorar sua humildade. – murmurei, cutucando com o garfo de plástico a comida, não duvido nada que de dentro dela sairia um monstro.
— Não vai querer saber o motivo que vai fazer você me amar? – perguntou rápido, me deixando um pouco zonza, olhei pra ela entediada.
— Se eu disser que não você ainda vai me contar? – questionei, ela me olhou chocada.
— Mas é claro que vou! – falou, batendo de leva na mesa. — Que tipo de detetive acha que sou, se desistir na última hora? – perguntou retoricamente. Sim, a nova moda de Mary era ser detetive, veio com essa ideia na segunda feira depois de ter lido os livros de Sherlock Homes o final de semana todo, na semana passada ela queria ser vampira culpa das madrugadas que ela passou assistindo os episódios de The Vampires Diaries, foi uma semana longa...
— Você é sempre irritante assim? – perguntei bufando, afastando a bandeja parar olhar a cara de paisagem que Mary fazia, ocultando um sorrisinho travesso.
— É meu charme. – disse, balançando seus longos cabelos castanhos.
— Aff. – resmunguei, Mary me olhava esperançosa e eu não tive opção, ou perguntava ou perguntava essas eram minhas alternativas, injusto! — Tá legal. – dei por vencida, levantando os braços para o ar e seus olhos brilharam animados. — Qual foi à confusão em que você nos meteu? – perguntei ironicamente, Mary fez um bico, mas me ignorou.
— Estava eu inocentemente passando pelo corredor da secretaria... – abrir a boca para dizer algo, mas fechei rapidamente quando ela me olhou mortalmente. — Perguntas no final. – grunhiu, assentir gesticulando com a mão um fechar de zíper na minha boca, ela sorriu satisfeita. — Continuando...

    “Estava eu inocentemente passando pelo corredor da secretaria, quando de repente escuto alguém me chamando...”

Mary POV.

— Senhorita Müller. – ouvi alguém me chamar e me virei dando de cara com a secretaria mal vestida do colégio, sério, como ela consegue andar com aquela saia que mais parece uma cortina velha amarrada na cintura.
— Sim? – respondi.
— A senhorita pode, por favor, olhar a secretaria por um minuto, preciso ir ao banheiro. – resmungou, enquanto se mexia incomodada, reprimi a vontade de fazer uma careta e concordei com a cabeça. — Obrigada, estou esperando um documento, se ele for enviado pode, por favor, imprimi-lo e coloca-lo na minha mesa – não esperou eu responder e saiu correndo pelo corredor. Olhei a figura dela sumindo de minha vista e bufei, é cada uma que eu vejo, mulher ousada!
    Entrei na secretaria, que pelo menos tinha ar condicionado, fui em direção aos documentos dos alunos e como sou uma detetive em treinamento, resolvi investigar as pessoas que me rodeiam. Quando ia começar minha investigação, apareceu na tela arquivo recebido, deseja abri-lo? Apertei rapidamente o botão e meu sorriso se abriu quando me deparo com o registro de nada mais nada menos que Justin Drew Bieber, o garoto que minha best friend forever, intimamente bff, tem uma paixão, sorri internamente ao ver que na fixa dele tinha seu número celular e seu e-mail, não penso nem uma vez e anoto tudo, com medo de ser pega decido sair de lá, mas antes fui no sistema de notas e quase quebro o computador quando vejo minha nota de filosofia, C-??? NUNCA! Olhei pros dois lados e sorrindo troquei minha nota.

Mary Off

— VOCÊ FEZ O QUÊ? – gritei chamando a atenção da cantina e envergonhada me encolhi na cadeira.
— Não fiz nada demais, só achei que merecia um A-. – se defendeu, olhei de boca aberta pra ela.
— Não é disso que estou falando Mary! – chamei sua atenção, já sentindo o ar faltar. Eu sabia que devia ter me preocupado com ela antes, mas não sabia que sua maluquice chegaria a níveis alarmantes.
— AH! – se fez de entendida, e pegou um papelzinho rosa do bolso da sua jaqueta e me entregou, olhei do papel pra ela e o peguei, e lá estava o número e o e-mail dele.
— Isso é invasão de privacidade. – acusei, sem tirar o olho do papel. — Você pode ser presa. – completei, agora olhando pra ela que não parecia estar abalada.
— Você pode ligar pra ele. – ela sorriu, e eu rapidamente neguei com a cabeça. — Qual é!? – resmungou.
— Eu vou rasgar esse papel. – falei sem um pingo de convicção, ela abriu e fechou a boca com os olhos arregalados.
— Você não vai, não! – grunhiu tentando pegar o papel da minha mão.
— Vou sim! – disse, ela gemeu e pegou suas coisas e se levantou pra sair, mas antes parou a minha frente.
— Então tá, faça isso, e perca sua única chance de falar com ele, continue com essa paixonite platônica. – disse com raiva me deixando chocada e saiu.
     Olhei em direção as duas portas amarelas pela qual ela passou, e suspirei, voltando a olhar o papel cor de rosa, arregalei os olhos com a pequena frase no final da folha.

“Sua sogra se chama Pattie!”


— O que faço com você Mary? – murmurei, guardando o papel na mochila, no mesmo momento em que o sinal tocou e todos os alunos já estavam saindo, me levantei rapidamente, pegando a bandeja para leva-la as bancadas para serem lavadas.
— Vamos logo brow. – ouvi uma voz masculina atrás de mim, e me virei um pouco, e todo meu sangue congelou ao vê que era nada mais nada menos que Justin e seu amigo Ryan atrás de mim, minhas bochechas esquentaram. Arg, bela hora pra se envergonhar! Ele não está atrás de você ele não está atrás de você. Repeti em minha mente como se fosse um mantra.
— Calma. – ouvi sua voz grossa e ao mesmo tempo doce foi à gota d’agua pra minha concentração – que não ia muito bem admito. – e como já disse minha coordenação é uma vergonha, eu consegui a proeza de tropeçar e derrubar toda minha comida, parabéns Zoey.
— Oh, meu Deus! – exclamei me abaixando rapidamente para recolher as coisas e coloca-las na bandeja, mas pro meu azar àquela gororoba estava toda espalhada pelo chão, fazendo uma melança.
— Eita! – reconheci a voz do Justin e pelo canto do olhou vi ele se abaixar ao meu lado, e como se a vergonha e mico não fosse pouco, eu simplesmente paralisei e fiquei olhando pra ele, que me olhou e riu. — Quer ajuda? – ele perguntou e foi nesse exato momento que eu não falei nada.

    Imagine a cena, Justin, o garoto que eu tenho uma paixãozinha, ok uma paixão arrebatadora, na minha frente sorrindo pra mim, me perguntando se eu queria sua ajuda, e o que eu faço? Sim, eu fico olhando pra ele com a maior cara de idiota, sem conseguir falar nada. Tem como a coisa piorar?

— Amor, temos que ir. – ouvi a voz de Meggie.

    Sabe destino, quando eu perguntei se podia piorar, eu não estava te desafiando caramba, era uma perguntar retórica. Ótimo! Agora eu tô ficando doida de vez.

    Justin olhou além de mim, onde Meggie possivelmente estava, me olhou, deu um sorriso de lado e se levantou.

— Desculpa não poder ajuda-la. – disse e saiu sendo agarrado por Meggie, a líder de torcida.

   Ela não era sua namorada, mesmo dizendo para Deus e o mundo que eram, eles só tinham uns casinhos de vez enquando. Como sei disso? Mary adora bisbilhotar a vida das lideres de torcida, claro, como sendo da coluna de fofocas do jornal.

    Quando minha voz voltou, eu fugi da cantina deixando toda sujeira pra lá e voei pra minha aula de cálculo.

(...)

    Cheguei à casa exausta, largando minha mochila que estava pesando uma tonelada na entrada do corredor e fui em direção à cozinha, eu não tinha comido nada desde manhã, olhei pra geladeira onde havia um bilhete.

Filha tem comida congelada.
Beijos. Mamãe te ama!

    Amassei o bilhete e o joguei no lixo, peguei a comida e coloquei no microondas, e me sentei esperando os três minutos passarem. Batuquei os dedos na mesa, quando o aparelho apitou informando que a comida estava pronta, a coloquei no prato e comi, lavei os pratos logo em segui guardando eles, peguei minha mochila e subi para meu quarto, tinha muito exercício pra fazer.

   Lá pras quatro eu tinha acabado o maldito trabalho de física e finalmente podia respirar em paz, me deitei na cama peguei meu ipod e coloquei em uma musica aleatória, só queria relaxar. Quando já estava fechando os olhos pra dormir, sentir a mesa ao lado da minha cama tremer, e grogue de sono, peguei meu celular e olhei pra tela com os olhos um pouco fechados.

Mary chamando...

   Abri um sorriso, e rapidamente tirei um fone e atendi.

“Só pra deixar claro, ainda estou com raiva.” – falou com a voz seca assim que atendi, revirei os olhos.
— Certo, então por que ligou? – perguntei ironicamente, tirando o outro fone e me sentei na cama.
“Por que...” – falou, demorando mais tempo que costume, e a ouvi bufar do outro lado. –“Você é muito má” – gemeu, mudando a voz. Abafei o riso.
— Eu sei. – ri. Eu sabia por que ela tinha me ligado, mas não seria eu que ia começar.

Um... Dois...

“Você ligou pra ele??” – falou em um folego só e não consegui evitar a gargalhada que saltei, só consegui ouvi-la bufar e me xingar. “Zoey!” – grunhiu e eu com muito esforço parei de ri.
— Não liguei, nem vou ligar. – falei decidida.
“Por quê?” - sua voz subiu uns dois oitavos, deixando ela mais fina do que é, enruguei o rosto, afastando um pouco o telefone. 
— Porque eu paguei um mico com ele hoje. – murmurei, sentindo minha bochecha queimar.
“Como assim? O que aconteceu?” – perguntou com sua voz familiar de fofoqueira em alerta.

   Gemi arrependida, agora teria que contar meu mico, bufei e sem outra alternativa contei tudo.
   Já se passaram meia hora que Mary ria de mim pelo telefone, eu já estava ficando sem paciência.

— Já acabou? – perguntei, assim que a ouvi da um suspiro forte.
“Acho que sim” – falou sem folego.
— Ótimo. – grunhi com raiva. Eu sei que foi ridículo o que me aconteceu, mas ela sendo minha melhor amiga ela devia me apoiar não é?
“Você. é. muito. Besta” – falou pausadamente, bufei mais alto. “Ok, desculpa.” – riu.
— Tchau Mary. – grunhi.
“Manda uma mensagem pra ele.” – falou rapidamente.
— Que? – perguntei confusa.
“Isso mesmo, manda uma mensagem pra ele. Nem precisa se identificar.” – falou rindo, franzi o cenho pensando melhor, seria uma má ideia? “SEUS PIRRALHOS DESÇAM DAI” – gritou, me fazendo afasta o telefone em uma distancia considerável para o bem dos meus tímpanos.
— São os gêmeos? – perguntei rindo, ouvi-a bufar e um barulho de vidro no fundo.
“São! Eu odeio quando eles me deixam com esses demônios. CARALHO DEMONIO NUMERO UM DESCE DAI SUA CRINÇA POSSUIDA!” – foi a ultima coisa que ouvi dizer, ate a ligação ser finalizada e só os “tuns tuns” da linha surgi. Olhei o meu celular por um momento, e cliquei na pequena carta, indo em “escrever nova mensagem”.
— Só posso esta endoidando. – murmurei pra mim mesma, olhei pra minha mochila encostada na cadeira e pulei da cama, a peguei e enfiei a mão dentro encontrando o papel, voltei pra cama, com o celular em uma mão e o papel na outra. — O que eu tenho a perder? –me questionei, olhando a folha.

    Sua dignidade. Uma vozinha chata resmungou na minha cabeça. Balancei a cabeça e comecei a digitar uma mensagem, ele não saberia que sou eu mesmo.

De: Admiradora secreta.
Para: Justin.

Oi. Você pode não me conhecer, mas saiba que te conheço muito bem, afinal, sou uma garota que vive suspirando apaixonada só em ver você, me desculpa se estou sendo idiota te enviando isso, mas é que eu realmente gosto de você.”.

   Olhei a mensagem e com um pouco de coragem que não sei onde encontrei cliquei no botão “enviar”, sabe aquele arrependimento que te dá logo depois que você faz a burrada? Foi o que me aconteceu, mas era tarde de mais, logo apareceu o “v” informando que a mensagem foi enviada, respirei fundo tentando controlar meu coração e meu estomago, provavelmente ele nem responderia, excluiria a mensagem e fim. Constatar isso me deixou triste, mas era o melhor, coloquei o celular no criado mudo e resolvi tomar um banho, peguei uma roupa leve e fui até o banheiro.

   Quando sair de lá, me sentia mais leve, meu corpo estava mais fresco e tudo era cor de rosa... Nossa isso foi muito Mary. Balancei a cabeça rindo, e entrei no meu quarto, coloquei a roupa suja no cesto, e peteei meus cabelos, mas tudo parou assim que olhei meu celular com a luzinha verde piscando, meu sangue gelou, e como nos filmes de terror andei ate o criado mudo lentamente, peguei o celular e cai com tudo na cama ao ler o pequeno texto: “Nova mensagem”. Pensei muitas maneiras daquela mensagem não ser do Justin, afinal pode ser uma dos milhares de mensagens que recebo da operado, sim, era a operado me informando de mais uma promoção.
   Cliquei no botão abrir e quase derrubei o celular quando li o nome do remetente.

De: Drew
Para: Desconhecida.

Olá, Quem é você? Como conseguiu meu número? Você me deixou curioso :p

Continua...




Então gostou do primeiro capitulo? Recomende a fic e traga mais leitoras (: 

Nota Final: Minhas lindas, sigam o blog por favor! Gostou da nova fanfic? é apenas o começo, quer conhecer os personagens? clique aqui.
Comentem por favor, quero saber a opiniões de vocês. Uma pequena observação, essa historia é baseada em uma historia real, que me aconteceu, claro, não como irei escrever. AVISO: Quer receber uma mentions sempre que a fic for atualizada? deixe então aqui nos comentários o user do seu twitter. Beijos da Daay, até o segundo capitulo. 
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11 abril 2013

8° Capitulo - Only Hope

Um comentário: -- --
Nota Inicial: SIGAM O BLOG, POR FAVOR. . Até embaixo. Boa leitura. Participem do grupo no facebook : Clique aqui. Recomendem o blog, mostre a amigas. *Leiam a nota final*

E foi então que eu te conheci, o garoto que conseguiu me tocar, eu não entendia por que, ou talvez ainda não entenda, mas eu acreditei e confiei em você tão rápido, tão fácil. - Bella.

— Bella você ta bem mesmo? – ouvi o Justin me perguntar, já devia ser a quinta vez que ele me perguntava isso.
— Estou. – disse com a garganta seca, ele me olhou estranho e assentiu olhando novamente pra mesa em que nossos amigos estavam. Respirei fundo, tentando me concentrar na conversa que fluía ali.
— Vamos ao Luau da Cristina no próximo mês! – disse Alice entusiasmada, Alex tomou um gole de sua cerveja e fez careta pra ela.
— Por que querida amiga iriamos pra toca da cobra? – falou ele com sua ironia presente.

   Estamos no bar que nos conhecíamos, a diferença que agora era à tarde e o lugar estava praticamente deserto, com apenas dois casais na mesa a nossa frente, e duas mesas ocupadas. Eu não queria sair do apartamento, na verdade eu estava querendo morrer, mas ate isso eu não conseguia.

— Por que caro amigo. – respondeu, revirando os olhos. — Temos que nos divertir, e infelizmente ela foi à única que teve a ideia do luau e vamos. – falou decidida, Alex deu de ombros desistindo da briga.
— Nós não vamos. – falou Justin, abraçando meu ombro. Alice olhou chocada pra nos e negou com a cabeça, fazendo bico.
— Por favor, Justin. – pediu, com os olhos pidões, sorri de lado, Alice sempre fazia isso.
— Nem pensar. – ele negou, abafando um risinho, Alice bufou e cruzou os braços.
— Veremos. – murmurou, Daniel riu da cena e beijou sua testa.

    Sabe aquela vontade que te da de chorar até toda dor em seu peito sumir? Era exatamente essa a minha vontade. Tinha vontade de chorar, gritar... Só de pensar que em menos de um dia estaria de volta aquele pesadelo.

— OOH BELLA! – pulei da cadeira assustada com o grito estridente que Alice deu, um pouco confusa olhei em sua direção, Alice estava com uma cara feia enquanto Alex e Justin riam dela, Daniel por alguma razão massageava o braço esquerdo com um bico.
— Oi? – murmurei, Alice me fuzilou com os olhos e eu um pouco assustada me encolhi na cadeira.
Não me julguem, Alice podia ser baixinha, mas era um capeta.
— Que tipo de amigos eu fui ter. – suspirou derrotada, cruzando os braços.

     Todos na mesa começaram a ri, me deixando mais confusa.

    Quatro da tarde saíram do bar, e eu finalmente soube o que deixou Alice com raiva, Justin e Alex começaram a chama-la de baixinha – mesmo sabendo do seu complexo por altura. - e Daniel não a defendeu, como um namorando faria (segundo ela.) então ela esperou que eu, sendo sua única amiga na mesa a defendesse, sorte que eu estava perdida em pensamentos. Justin me levou até meu apartamento.

— Sobe comigo? – pedi enquanto ele me acompanhava até o portão central, ele sorriu de lado e balançou a cabeça confirmando, meu coração se alegrou e se apertou ao mesmo tempo, seria a ultima vez que eu estaria com ele.

   Fomos a silencio, cada um perdido em seu pensamento, o que era estranho Justin sempre gostou de falar, sobre qualquer coisa, e quando não tinha o que falar ele simplesmente fazia brincadeiras ou contava piadas – grande maioria sem graças, mas ele não precisa saber. – mas hoje ele estava silencioso, misterioso quase não parecia o Justin que eu conheço. Entramos no meu apartamento, e como sempre acontecia ele foi se sentar no sofá, quer dizer, se esparramar nele. Dei um risinho e fui à cozinha beber agua, estava de costas pro balcão que havia lá, tomei um susto quando ouvi a cadeira arrastar me virei assustada me deparando com Justin, que me olhava diferente, quase como se quisesse me decifrar.

    Oh não!

— Que foi? – perguntei um pouco nervosa, odiava ser observada com tanta intensidade, desviei o olhar dos seus olhos penetrantes e me concentrei no copo de agua a minha frente, rodeando meu dedo na boca do copo.
— Bella o que te aconteceu? – ele me perguntou, levantei minha cabeça lentamente pra olha-lo.
— Como assim? – murmurei, ainda olhando em seus olhos.
— Como assim isso! – falou, puxando meu braço pra frente e levantando rapidamente a manga da minha blusa até o topo, foi tão rápido e inesperado que não tive tempo de reagir.

   Ele então apontou pra meu braço, e lá estavam todas as cicatrizes e queimaduras que tanto escondi, era estranho mostrar isso a alguém, quer dizer, ter alguém ao meu lado vendo as marcas do meu passado, sentir meus olhos queimarem e minha garganta travar, puxei com força meu braço de encontro ao meu peito e chorei, sim, chorei com nojo de mim, com nojo do meu egoísmo, com nojo da minha capacidade de acreditar que eu teria direito de ser feliz. Olhei em direção ao Justin, que me olhava angustiada e com culpa, não queria que ele se sentisse assim, nunca foi culpa dele se eu fui egoísta.

— Bella, por favor, não chore. – ele pediu com a voz implorativa, vindo em minha direção, me afastei dele.
— É melhor você ir. – solucei a cada palavra.

    Ele olhou assustado pra mim, e sua boca tremeu de leve, ele sempre fazia isso quando ficava nervoso com algo, e correu ao meu encontro, e tarde demais percebi que estava entre a parede e ele, Justin segurou meu rosto com as duas mãos apertando de leve minhas bochechas, me fazendo fazer um biquinho, olhei com os olhos molhados para ele que parecia desesperado e angustiado, e beijou meus lábios com força, mas não deixou de ser delicado e macio como todos os beijos que ele me dava, seus lábios pareciam desesperado por mim, sua língua me fazia ter sensações prazerosas demais, ele então se afastou ofegante e encostou sua testa na minha, me queimando com seus olhos que tanto amo, não pude desviar deles, eram como se fosse minha prisão.

— Bella, não me mande ir. – ele implorou sussurrando perto do meu lábio, sentir o cheiro de canela e menta que tanto me embriagava. — Por favor, só me deixe ajuda-la, eu preciso ajuda-la. – murmurou acariciando meu rosto de leve, fechei os olhos com força, sentindo as lagrimas descerem grossas por meu rosto.

Eu queria tanto conta-lo, dizer tudo que me aconteceu, mas meu passado era tão sujo, ele nunca ia me perdoar, ele não iria mais olhar na minha cara, e constatar isso é pior do que qualquer coisa que Fernando me fez passar esses anos todos.

— Eu não posso. – suspirei, olhando novamente pra ele. Ele então se afastou, e rapidamente sentir falto do calor que seu corpo me transmitia. — Por favor, vá embora Justin. – falei, tentando em vão segurar as lagrimas traíras que desceram por meu rosto, ele me olhou com os olhos triste e sem nada dizer, pegou seu casaco e saiu do meu apartamento.

    Encostei-me a parede, me permitindo chorar toda dor novamente, eu nunca iria parar de chorar? Eu não merecia ser feliz novamente? Sempre estaria marcada pela sombra de Fernando a onde eu for, e eu não podia fazer com que ninguém sobresse ou se machucasse por causa dele.

   Fui em direção à mesa, e peguei um papel e escrevi tudo que ninguém soube, eu iria partir pra nunca mais vê-los, mas ele precisava saber o que aconteceu com Isabella Stewart, talvez essa seria minha ultima chance.

Justin POV.

    Não conseguir dormir, eu rolava de um lado para o outro na cama, mas nada me fazia parar de pensar nas marcas que vi pelo braço de Bella, seus olhos desesperados, ela estava tão indefesa e eu fiz a merda de deixa-la e ir pra casa, eu sou um idiota.

     Resolvi falar com ela, eu precisava vê se ela estava bem, eu precisava eu necessitava vê-la.

     Pulei da cama indo em direção ao banheiro pra uma ducha rápida, e voei ate o guarda roupa pegando a primeira que eu vi, calcei meu tênis e corri em direção a garagem, parecia que quanto mais tempo eu demorasse mais meu coração implorava por ela.

      Pois é, Justin, você esta apaixonado!

  Nunca corri tanto com o carro, passando por um ou dois faróis vermelhos, mas foda-se, era Bela, minha Bella.

  Cheguei ao seu apartamento em tempo record, Antônio me olhou assustado, segurei o balcão dele e falei rapidamente, quase sem fôlego.

— Deixe-me entrar, preciso vê Bella. – pedi, ele então me olhou um pouco envergonhado, e sem me dizer nada me entregou um envelope, franzi o cenho olhando para a frente dele que estava escrito com uma letra conhecida por mim “Para: Justin“, virei a carta encarando confuso a seguinte frase.

“O meu verdadeiro passado, me desculpa.”


   Olhei confuso e angustiado aquela carta.

— Ela se foi Senhor Bieber, e deixou isso pra o senhor. – falou Antônio, o que eu já desconfiava. Assentir pra ele, sentindo meu coração apertar, ela tinha me deixado.

   Entrei no carro, e não tive coragem de mexer um musculo, Isabella havia ido embora, me deixado e eu não sabia o porquê. Mas ao pensar nisso meus olhos miraram na maldita carta, a peguei logo abrindo, eu sabia que o que estivesse escrito nela iria mudar tudo, mas eu precisava saber o que tanto machucou Bella, meus olhos focalizaram em sua caligrafia.


"Olá Justin, se recebeu essa carta provavelmente você foi me procurar, como eu penso que vai, primeiramente eu peço desculpa por ser tão covarde a ponte de não te contar meu passado olhando pra ti, mas quero que entenda que é difícil... Desculpa-me... Não vou pedir que entenda ou aceite nada do que eu escrever a partir de agora, mas esse é meu passado, é a sujeira que eu aguento dia após dia desde dos meus 13 anos. Quando eu tinha 10 anos minha mãe se casou com um cara, Fernando era seu nome, bom, minha vida não era difícil minha infância era demais. Fernando era o pai que todo mundo quer, ele me mimava, me agradava e fazia eu e minha mãe feliz era isso que importava, mas às vezes a felicidade dura tão pouco. Quando eu completei 12 anos minha mãe biológica morreu de câncer, eu podia ter escolhido entre morar com meus tios ou com Fernando, e eu escolhi Fernando, eu era uma criança e só tinha a ele como figura paterna, esse foi meu primeiro erro. Fernando foi exatamente o que era antes até um tempo, quando o conselho marcava em cima, e eu sempre o escolhia, mesmo com insistência dos meus tios, então minha guarda finalmente ficou com ele, Fernando tinha minha tutela pra sempre, ate eu atingir maior idade, eu realmente achei que seria ótimo, segundo erro. Quando completei 13 anos meu inferno começou, Fernando me maltratava, me batia e exigia que eu fizesse tudo que ele mandasse, eu chorava todas as noites por causa disso, e foi assim que aquelas queimaduras surgiram, Justin, Fernando sempre chama seus “amigos” pra umas “reuniões” lá em casa, e eu sempre era queimada por cigarro por eles quando não fazia o que eles pediam, não, não sexualmente, pelo menos não ainda. Meus 14 anos foram os piores, Fernando começou a invadir meu quarto à noite, grande vezes bêbado ou drogado, e foi em uma das noites que eu fui estuprada por ele, eu tentei fugir, mas ele sempre me encontrava e me castigava mais e mais, eu estava no inferno onde ninguém podia me ajudar. Meus 15 anos foi o pior de todos, Fernando, tem uma boate de prostituição na fronteira com o México e me obrigou a começar a trabalhar lá, sempre com a ameaça de matar meus tios, eu nunca tive opção a nada, toda noite eu e algumas garotas jovens que também eram mantidas presas, eles usavam de mim, grande parte me drogando e outras me forçando, mas a noite nunca acabava, Fernando sempre ia ao meu quarto e me cortava toda vez que eu agredia um “cliente” e não eram poucas, era o meu corpo, era minha vida, era minha infância sendo destruída dia após dia pelo homem que pensei que podia confiar, e foi então que eu decidir reagir, eu não aguentava mais. Em uma das noites, eu fugir do maldito inferno, eu não sei como conseguir, mas fugir. Fui ajudada por um casal de camponês que me acolheram e me ajudaram, mas as marcas estavam ali, meus sofrimentos, e foi quando descobrir que estava quebrada que não existiria mais uma Isabella feliz, por conta da pobreza dos dois, teve que ia ao um orfanato, lá eles fizeram todos os tipos de exames em mim, e por algum milagre eu não tinha nenhuma doença ou sequela, engano deles, eu sou suja. Não contei minha historia pra ninguém, não conseguia acreditar em ninguém. Eu não tinha mais esperanças de nada, então eu comecei a tentar me matar, varias e varias vezes e foi em uma dessas tentativas que encontre minha mãe, ela me adotou e me fez acreditar uma vez na bondade, mas sempre com o medo da sombra dele, do demônio. E foi então que eu te conheci, o garoto que conseguiu me tocar, eu não entendia por que, ou talvez ainda não entenda, mas eu acreditei e confiei em você tão rápido, tão fácil. E eu sei que depois que você souber de toda minha verdade você não irar querer saber de mim, irar ter nojo de mim. Eu sempre soube que isso ia acontecer, mas droga, eu fui tão egoísta em te prender a mim, eu só... Eu só te amo, sim, eu te amo. Desculpe-me por isso, por ser quem ele me fez ser. Mas eu não iria aguentar vê-lo sentindo nojo de mim, eu só te amo. Sempre e pra sempre. Obrigada."
Com amor, Isabella. 




Recomendem a fic, clicando no botão (: 
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Nota Final: Olá meu anjos, me desculpa a demora, mas foi que todos os capitulo que eu já escrive pra essa fic foram apagadas, não era exatamente assim que eu pensei pro oitavo capitulo, mas ok, foi o que saiu. Então anjos meus, estou escrevendo outra fic, provavelmente postarei ela amanha, talvez... Então o que acharam do capitulo, comentem não mata e faz bem pro coração da escritora aqui, desculpe se sou muito ruim assim, mas sou iniciante. Comentem, não cai o dedo. beijos, te a próxima. 

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